Professor questiona pesquisa que seria favorável a Roseana
O historiador Wagner Cabral, professor da UFMA, questionou ontem informação disseminada pelo site da Mirante, dando conta de que uma pesquisa realizada pelo Instituto Sensus teria confirmado o favoritismo da governadora Roseana Sarney (PMDB) em relação às eleições do próximo mês de outubro.
De acordo com a pesquisa, veiculada no blog do jornalista Marco d'Eca, Roseana teria 49,8% das intenções de voto, contra 24,6% de Jackson Lago (PDT), 10,1% de Flávio Dino (PCdoB) e 3,9% de Roberto Rocha (PSDB).
Wagner Cabral disse ontem que o site do Instituto Sensus (www.sensus.com.br) não menciona qualquer pesquisa sobre sucessão no Maranhão. Segundo ele, o Sensus apenas registra a pesquisa CNT/Sensus realizada mensalmente para avaliação do governo federal, da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da sucessão presidencial. A pesquisa também é mencionada no site da CNT (www.cnt.org.br).
"A citada pesquisa CNT/Sensus foi registrada no TSE com o protocolo 1570/2010, citado impropriamente no blog de Marco d´Eça como sendo o número da pesquisa referente ao Maranhão. No site do TSE, seção de Pesquisas Eleitorais, só se encontra registrada a pesquisa nacional Sensus (1570/2010), disponibilizando inclusive o questionário que foi aplicado. Da leitura do questionário, vê-se que não existe qualquer pergunta referente a sucessões estaduais", afirma Wagner Cabral.
"Do exposto, ficam as questões, à luz da ética política e da legislação eleitoral: houve de fato essa pesquisa sobre sucessão estadual, feita pelo Instituto Sensus? Foi a mesma realizada para a sucessão presidencial ou outra? Se houve, a pesquisa foi registrada no Tribunal Eleitoral? no TRE ou TSE? Se houve, onde estão disponíveis os dados, metodologia e questionário aplicados? Ou trata-se de pesquisa reservada, confidencial? A qual deveria ter recebido um outro tratamento jornalístico? Qual a fonte utilizada pelos jornalistas?", questiona Wagner Cabral.
Ele observa que, até que estes pontos estejam devidamente esclarecidos, mantém sua opinião, enquanto pesquisador, de que a pesquisa Sensus sobre a sucessão estadual do Maranhão encontra-se, no mínimo, sob suspeição.(JP)
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